BIOLOGIA - HERPETOLOGIA

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AMOR À VIDA E AOS RÉPTEIS
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sábado, 9 de julho de 2011

Surucucu ou Surucucu pico de jaca

Surucucu
            A surucucu (Lachesis muta) conhecida popularmente como surucucu pico de jaca é considerada a maior serpente peçonhenta da América do Sul. Vive em florestas densas como a Amazônia. Pertence à família Viperidae, mas sua cauda não tem guizos, com a da cascavel. O naturalista sueco Lineu denominou-a "crótalo mudo", e essa denominação passou para seu nome latino. Mas a cauda do Surucucu termina numa espinha córnea, que denuncia a sua presença quando ele passa no meio dos arbustos. É encontrada em florestas tropicais úmidas da América Central e do Sul. Seu corpo é marrom-escuro contornado de verde amarelado. Essa serpente tem hábitos de caça noturnos, apreciando principalmente roedores. Como os crótalos são dotadas de fosseta loreal caça principalmente animais de temperatura constante, pois pode seguir sua pista não só pelo odor como também pela trilha quente, beneficiada por essa fosseta loreal.

Abaixo um pequeno quadro informativo da Surucucu

Nome Científico
Lachesis muta
Nome Popular
Surucucu ou surucucu pico de jaca
Nome em Inglês
Bushmaster
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Serpentes (Ophidia)
Família
Viperidae
Subfamília
Crotalinae
Gênero
Lachesis
Comprimento
Até 3,5 metros
Presas
Até 3,5 cm
Incubação
Entre 75 e 80

Abaixo fotos da Surucucu



BOIPEVA - A serpetente achatada do Brasil


Boipeva
            O nome Boipeva vem do tupi e significa “cobra-chata” (BOI=COBRA – PEVA=ACHATADA) e seu nome científico é Waglerophis merremii.  É uma serpente da família Colubridae. Popularmente ela é conhecida pelos nomes achatadeira, boipeva, chata, cobra-chata, cabeça-chata, capitão-do- mato, capitão-do-campo, jaracambeva, goipeva, jararacambeva, jararacuçu-tipiti, pepeva e pepéua.  É uma serpente bem agressiva e irritadiça; é a única espécie do seu gênero. Tem entre 1, 20 cm e pode chegar a 2 metros de comprimento; o seu tegumento é composto por escamas escuras cinzentas ou avermelhado, com desenhos amarelados ou brancos. Muitas vezes é confundida com a jararaca (bothrops), ou seja, viperídeos. Porém a boipeva não é venenosa (peçonhenta). Alimenta-se exclusivamente de anfíbios (sapos, rãs e pererecas), incluindo sapos do gênero Bufo, que possuem glândulas de veneno. De hábitos terrestres, ativa tanto durante o dia quanto à noite, vive próximo á brejos, lagoas, rios e todo tipo de locais com muita umidade onde sua alimentação é mais abundante. É um animal ovíparo, põe entre 14 e 25 ovos por vez e que são incubados por aproximadamente 60 dias. Essa serpente é distribuída por toda a América do Sul e mais facilmente encontrada nas regiões de São Paulo e Paraná.

Segue abaixo algumas fotos da Boipeva e um vídeo da mesma em ação.






Caramujos africanos podem virar etanol de segunda geração.

Divulgação/Unicamp 
Caramujos africanos são devoradores de vegetais 
e seu trato intestinal transforma celulose em açúcares
 

Cientistas brasileiros detectaram enzimas capazes de produzir açúcar na praga que devasta lavouras.

 
Caramujos africanos são devoradores de vegetais e seu trato intestinal transforma celulose em açúcares  Em Feira de Santana, na Bahia, eles se transformaram no pesadelo dos produtores rurais. No Oeste de São Paulo, viraram peste de lavoura e até de ruas, e em Minas Gerais, tornaram-se pragas da pior espécie para diversas culturas. Os caramujos africanos invadiram quase todas as áreas agrícolas brasileiras, em todas as regiões, e transformaram-se em uma verdadeira enxaqueca para o agronegócio. Antes de ser um mal para a saúde pública, estes molucos possuem grande poder de provocar desequilíbrio ecológico. Mas agora, pesquisadores concluíram que esta praga rastejante pode ser benéfica e ter grande utilidade como coadjuvante na produção de etanol de segunda geração, como é chamado o álcool obtido a partir de celulose.
Os estudos com o caramujo africano foram concluídos recentemente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e apontam que o aparelho digestivo do bicho, que é um devorador voraz de plantas (este é exatamente o estrago que ele faz nas lavouras e consequentemente, para o meio ambiente), tem enzimas, bactérias e fungos capazes de quebrar moléculas de celulose, resultando na produção de açúcares. Segundo os pesquisadores, várias outras pragas devoradoras de vegetais foram estudadas, mas só o caramujo africano apresentou esta capacidade.

O processo de transformação de plantas em açúcares dentro do organismo do caramujo seria semelhante ao processo realizado na usina. Depois de ingerir o alimento, as bactérias e os fungos que vivem no seu intestino agem conjuntamente com as enzimas e transformam a celulose, rica em lignina, em açúcares. O trato digestivo destes animais (biomassa de molusco) seria comparado ao bagaço que sobra nas usinas, mas com qualidade superior ao fungo trichoderma reesei (organismo atualmente utilizado para fermentar a celulose do bagaço no processo convencional). De acordo com o Inmetro, a biomassa do caramujo poderia passar pelo processo convencional de fermentação para ser transformada em etanol de segunda geração.
Mas as pesquisas e o uso comercial dos caramujos ainda podem estar longe de serem efetivados. De acordo com o pesquisador Wanderley de Souza, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ainda seria necessário encontrar um meio de isolar estes fungos, bactérias e enzimas e fazê-los crescer fora do organismo do caramujo. Segundo Souza, se esta alternativa for logo encontrada e tornar-se economicamente viável, seria possível dobrar a quantidade de etanol de segunda geração produzida no Brasil em um prazo de dois anos, com a mesma área plantada.
Por ser um processo moroso, as usinas queimam o bagaço que sobra da moagem da cana para gerar bioeletricidade e alimentar as instalações internas e exportar o excedente para as redes públicas, através de leilões.
A fabricação do etanol de segunda geração ainda é um gargalo para o setor, já que transformar o bagaço em monossacarídeo é difícil e exige grandes quantidades de tratamentos enzimáticos e ácidos. "A lignina presente nas paredes celulósicas da biomassa são quebradas com dificuldade, o que não aconteceu no intestino do caramujo", explica Souza.
Agora, o Inmetro vai testar e dar continuidade aos testes no Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Migues de Mello, o Cenpes, órgão da Petrobras. Isso inclui gerar um fungo modificado geneticamente para acelerar o crescimento das enzimas do intestino dos caramujos fora do organismo deles. 
FONTE: CH Ciência Hoje e Globo Rural
por Viviane Taguchi

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ibama flagra uso de aviões em desmatamento na Amazônia

O Ibama identificou uma área de floresta amazônica, do tamanho de 180 campos de futebol, destruída pela ação de herbicidas.A terra, que pertence à União, fica ao sul do município amazonense de Canutama, na divisa com Rondônia. O responsável pelo crime ambiental ainda não foi identificado pelo órgão.
Em sobrevoo de duas horas de helicóptero, na segunda semana de junho, analistas do Ibama observaram milhares de árvores em pé, mas desfolhadas e esbranquiçadas pela ação do veneno.
Encontraram também vestígios de extração de madeira por motosserras e queimadas, práticas usadas para limpar o terreno. Especialistas dizem que os agrotóxicos, pulverizados de avião sobre as florestas nativas, matam as árvores de imediato, contaminam solo, lençóis freáticos, animais e pessoas.
Anteontem, a Folha informou que o Ibama apreendera quatro toneladas de agrotóxicos que seriam usados para esse fim. Até agora, o único registro de uso dessas substâncias em desmatamentos no Estado era de 1999.
O Ibama de Rondônia, por sua vez, afirma que, em 2008, flagrou uma área de cinco hectares destruída por herbicidas na região de São Francisco do Guaporé.
FLORESTAS PÚBLICAS
Jerfferson Lobato, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Amazonas, afirma que o uso de agrotóxicos acelera o desmatamento de florestas públicas (pertencentes à União ou aos Estados), que são um dos alvos da ação de grileiros, fazendeiros e madeireiros.
O fenômeno é recente, no entanto. O mais comum é devastar com motosserras, tratores e queimadas.
"Eles [os infratores] mudaram de estratégia porque em pouco tempo conseguem destruir mais áreas com os agrotóxicos. Assim, deixam de mobilizar muitos extratores para driblar a fiscalização do Ibama", afirmou Lobato.
O Ibama chegou à área destruída, de 178 hectares, depois que o sistema por satélite Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou indícios do crime ambiental. "Fomos verificar e confirmamos a destruição."
Para encontrar o local no sul de Canutama (555 km em linha reta de Manaus), os analistas ambientais do Ibama partiram de helicóptero de Humaitá (AM) em direção a Porto Velho (RO).
A terra atingida fica entre o Parque Nacional de Mapinguari e a terra indígena Jacareúba/Katawixi, que ainda não foi demarcada. De acordo com o chefe da delegacia especializada em repressão contra crimes ambientais e patrimônio histórico da Polícia Federal, delegado Carlos André Gastão, pulverizar agrotóxicos em florestas é crime.
Um inquérito deve ser aberto para investigar a denúncia, após a notificação do Ibama. "A pessoa será responsabilizada pelo uso indevido de agrotóxicos e pelo desmatamento", disse. A multa pode chegar a R$ 2 milhões, afirma o órgão.
ALTA E BAIXA
O Inpe divulgou ontem os dados do Deter correspondentes ao mês de maio deste ano. Foram derrubados 268 km² de mata na Amazônia, um aumento em torno de 2,5 vezes em relação ao mesmo mês do ano passado.
É, no entanto, uma desaceleração no desmate em relação aos meses de março e abril, quando a média da área derrubada chegou a quase 300 km². O governo atribui a diferença ao fortalecimento da fiscalização em abril. 
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO 
KÁTIA BRASIL
DE MANAUS 
Segue abaixo o link para ver um infográfico mais detalhado sobre o desmatamento químico
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/937477-ibama-flagra-uso-de-avioes-em-desmatamento-na-amazonia.shtml


América Latina é 2º região que mais investe em energias renováveis

A América Latina foi em 2010 a segunda região do mundo que mais investiu no setor das energias renováveis, com aumento de 39% com relação ao ano anterior, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira (7).
O setor das energias renováveis recebeu em 2010 no mundo todo investimentos no valor de US$ 211 bilhões, 32% a mais que em 2009 e 540 % acima do valor de 2004.
O relatório do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) assinala que o aumento do número de fazendas eólicas da China e de pequenas plantas solares nos edifícios europeus foram os principais responsáveis pelo aumento significativo dos investimentos em 2010.
Contudo, o documento também aponta que, pela primeira vez, as economias em desenvolvimento superaram às dos países desenvolvidos em termos de "novos investimentos financeiros", ou seja, o gasto em projetos de energias renováveis de grande escala e o fornecimento de capital a companhias deste setor.
No capítulo "Novos Investimentos Financeiros", os países em desenvolvimento destinaram US$ 72 bilhões, US$ 2 bilhões a mais que os países desenvolvidos.
Entre as nações em desenvolvimento, a China foi a que mais investiu em energias renováveis em 2010, com US$ 48,9 bilhões, 28% a mais que em 2009.
A América Latina foi a segunda região do mundo, já que aplicou US$ 13,1 bilhões, um aumento de 39% comparado ao ano anterior.
O Oriente Médio e a África empregaram US$ 5 bilhões, um aumento de 104%, a Índia US$ 3,8 bilhões - 25% de aumento, e os países em desenvolvimento da Ásia (excluindo China e Índia), US$ 4 bilhões - 4% a mais que 2009.
O diretor-executivo do PNUMA e o subsecretário-geral da ONU, Achim Steiner, comunicou em nota oficial que "o crescimento sustentável deste segmento central da economia verde não é uma casualidade".
"A combinação de objetivos estabelecidos pelos governos, políticas de apoio e fundos de estímulo estão sustentando o crescimento do setor de renováveis e aproximando a transformação que tanto é necessária no nosso sistema de energia global", acrescentou Achim.
AMÉRICA LATINA
Na América Latina, o Brasil, o México, o Chile e a Argentina foram os líderes em investimentos de energias renováveis.
O Brasil foi o principal investidor da região, já que empregou US$ 7 bilhões. Porém, paradoxalmente o número foi 5% inferior ao de 2009.
O relatório assinala que a queda de 2010 - que apontou uma baixa contínua em 2009 de 44% - foi consequência da "consolidação do setor de biocombustíveis brasileiro que está em grande medida fragmentado".
"Não foi por falta de interesse, simplesmente ficou concentrado em fusões e aquisições que não são contabilizadas como novos fundos para esse setor", acrescentou o relatório.
E a consolidação do mercado brasileiro vai continuar nos próximos anos porque ainda tem 220 empresas no mercado de etanol, embora apenas 10 tenham capacidade para gerar mais de 10 milhões de toneladas do combustível.
No México, os investimentos aumentaram 348% em 2010, até chegar a US$ 2,32 bilhões, principalmente em energia eólica, mas também em geotérmica, devido à decisão das autoridades mexicanas de aumentar a capacidade das energias renováveis do atual 3,3% ao 7,5% para 2012.
O grande filão desta política é a energia eólica porque os planos do governo mexicano assinalam que 4,3% da energia total do país terão que ser originadas em fazendas de vento. Em 2010, o México financiou 988 megawatts de potência de energia eólica.
No Chile, onde o objetivo é providenciar para que 10% da energia seja renovável até 2025, os investimentos totalizaram US$ 960 milhões, um aumento de 21% comparado a 2009.
Da mesma forma, a Argentina estabeleceu para 2016 que 8% do setor energético proceda de fontes renováveis o que significou em 2010 a multiplicação por sete até chegar a US$ 740 milhões.
Já no Peru, o governo fixou que 5% será proveniente de energias renováveis até 2013. No ano passado, os investimentos chegaram a US$ 480 milhões - mais que o dobro em 2009 - destinados principalmente a pequenas centrais hidroelétricas e a plantas de etanol e biomassa.
Na China, o aumento expressivo dos investimentos esteve dirigido pelo crescimento das fazendas eólicas, que abocanharam 78% da soma durante o ano e acrescentaram 17 GWh de potência ao país.
No final de 2010, a capacidade total das fazendas eólicas chinesas era de 42,5 GWh, a maior do mundo e dez vezes mais que a Dinamarca. 
FONTE: DA EFE, EM TORONTO

Medicamento dá esperança no combate à malária

Pesquisadores testam droga no Senegal e conseguem reduzir em 75% a população de mosquitos infectados pelo Plasmodium. Próximo passo será examinar o efeito do remédio na diminuição de contaminações


Publicação: 08/07/2011 06:00

Infografia mostra como funciona o ciclo da doença (Arte EM)
Infografia mostra como funciona o ciclo da doença
Todos os anos a malária ou paludismo — doença infecciosa causada pelo parasita Plasmodium e transmitida pelo mosquito-prego, do gênero Anopheles –, causa pelo menos 1 milhão de mortes, por ano, com 300 milhões de novos casos, em todo o mundo. Considerado uma doença da pobreza – que contamina 50% da população de 109 países –, o mal permanece praticamente sem merecer atenção de nações ricas e soluções globais efetivas que barrem a epidemia. Com picos de infecção em massa sobretudo nas estações chuvosas, quando o mosquito se prolifera com mais velocidade, a doença atinge com maior agressividade crianças menores de 5 anos e mulheres grávidas – principalmente em países africanos, asiáticos e latino-americanos.
Uma boa notícia, porém, deve ser divulgada, em meio a panorama tão dramático, e soa como um sinal de alerta sobre a real possibilidade de se conseguir, finalmente, reduzir os índices de morbidade e de mortalidade da malária. Uma pesquisa da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, e do Departamento de Saúde Pública do Senegal, na África, publicada na edição de hoje do Jornal Americano de Medicina Tropical e Higiene, mostrou que o uso de uma substância conhecida como ivermectina consegue diminuir a população de mosquitos infectados em 75% (veja arte). A novidade pode ser uma importante arma na prevenção da segunda doença mais frequente em todo o mundo, perde apenas para a Aids.
Análise de insetos A ivermectina é uma substância bastante barata, comumente usada no tratamento de ácaros e carrapatos em seres humanos e animais. Durante o estudo, todos os habitantes de três vilas do Senegal ingeriram comprimidos com a substância, que também é utilizado para tratar verminoses. Durante a administração do produto foram recolhidos exemplares do mosquito Anopheles na região. Após três dias, os especialistas voltaram à região e coletaram novos exemplares do mosquito. Após análises em laboratórios os pesquisadores compararam a quantidade de insetos contaminados pelo patógeno — e que, portanto, transmitiriam a doença a pessoas saudáveis — com a de mosquitos que não carregavam o Plasmodioum.
 Como se tratava do período de início das chuvas, era esperado que a população de mosquitos infectados tivesse crescido 246%. No entanto, para surpresa de todos, a quantidade desses insetos caiu 75%. “O efeito não é, necessariamente, que há menos mosquitos picando as pessoas, porque novas linhagens dos mosquitos estão surgindo todos os dias”, explicou ao Estado de Minas o pesquisador americano Brian Foy. “O que acontece é que há uma mudança na estrutura etária dos mosquitos, em que os mais jovens passam a predominar”, relata o americano.
A explicação para o fenômeno é simples. “Ao ingerir sangue com ivermectina, o mosquito tem um ciclo de vida menor e não consegue transmitir a doença”, conta Foy. Os pesquisadores também acreditam na possibilidade de que uma dose subletal, ou seja, que não mate o mosquito, já seria eficiente. “Essa dose romperia a fisiologia do mosquito, prevenindo ou retardando o tempo que leva para o parasita se desenvolver nele”, conta o pesquisador.

Cautela e prevenção

O entomologista e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, Ricardo Lourenço, adverte que, embora os resultados da pesquisa sejam animadores, é preciso ter cautela em relação a uma possível aplicação do mesmo método de prevenção no Brasil, onde a malária faz 300 mil vítimas por ano, especialmente na Região Amazônica. “A pesquisa mostrou resultados em uma espécie de Anopheles extremamente antropofílico, ou seja, que vive dentro das casas das pessoas e que se alimenta quase exclusivamente de sangue humano”, explica o cientista. “No caso do Anopheles brasileiro, ele é de uma espécie que, embora entre nas casas e se alimente de sangue humano, não é tão antropofílico”, acrescenta.
Para ele, no entanto, o estudo pode trazer uma nova perspectiva para o controle da malária. “O caminho para conseguir eliminar o problema é aliar o tratamento da doença, que diminui a chance de contágio, com a eliminação do vetor, no caso, o mosquito do gênero Anopheles”, acredita o entomologista. “Essa nova abordagem poderia formar uma sinergia com as outras formas de controle da doença, atuando de maneira coordenada e potencializando os resultados”, completa o pesquisador.
O próximo passo dos pesquisadores é replicar os estudos em escalas maiores. “Todos os dados de que dispomos sugerem que todas as espécies do gênero Anopheles são igualmente sensíveis à ivermectina, não importa sua espécie e de que parte do mundo se originam”, explica Brian Foy, que inclui a espécie brasileira Anopheles darlingi. “No entanto, como é necessário que os pacientes tomem o medicamento com ivermectina pelo menos uma vez por mês, sabemos que essa é uma estratégia mais eficaz durante os períodos de chuva, quando as populações do inseto aumentam”, conta.
Nessa nova etapa da pesquisa será possível mensurar o efeito da diminuição dos mosquitos contaminados e do surgimento de novos casos da doença. “Uma das dificuldades de se avaliar o impacto da substância sobre os novos casos de malária é que, na maioria das vezes, os casos recentes se confundem com os antigos e recaídas”, observa Brian. “Vamos propor um ensaio clínico em que a ivermectina é administrada repetidamente ao longo da temporada de chuvas para podermos avaliar se a incidência da doença será reduzida na mesma proporção”, completa.

Max Miliano Melo - Correio Braziliense

Ministério da Saúde quer usar redes sociais para combater a dengue!



Publicação: 07/07/2011 08:53
 
Brasília – Para o combate à dengue no verão de 2012, o Ministério da Saúde estuda uma nova ferramenta: usar as redes sociais, como o Twitter, para identificar com antecedência focos da doença.
A ideia vem de uma experiência feita pela Fundação Google, há três anos, nos Estados Unidos, sobre casos de gripe. Por meio de um software, a entidade fez um mapeamento em sites de citações relacionadas à doença. Isso porque muitas pessoas entram na rede mundial de computadores para saber sobre sintomas de uma doença ou avisam amigos que estão doentes, mesmo antes de procurar um médico. A partir das informações colhidas, foi possível identificar o início de ondas de casos de gripe com antecedência.
De olho nesses “rumores” que circulam nas redes sociais é que o governo aposta em conseguir identificar onde os casos de dengue estão surgindo e armar a contenção . “As pessoas postam na internet, por exemplo, que estão com dengue ou usam os sites de busca para saber sobre os sintomas da doença. Essas informações aparecem mais rápido do que nos sistemas de saúde”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
A equipe do ministério vai conhecer um programa de computador desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que faz esse tipo de busca. Se aprovado, a ideia é começar a usá-lo em janeiro do próximo ano na campanha contra a dengue.
Segundo o secretário, a vigilância na internet não irá substituir o sistema oficial de notificação da doença. A busca nas redes sociais vem para complementar o controle da dengue, conforme Barbosa.
A previsão é que o ministério apresente novas estratégias de combate à doença em agosto, com foco no verão de 2012.
 Agência Brasil

OMS: pelo menos 2 milhões de pessoas morrem por ano no mundo por causa de água contaminada!



Publicação: 05/07/2011 12:45 
 
Brasília – Pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, morrem por ano no mundo devido a doenças causadas pela água contaminada. Porém, os problemas podem ser evitados por meio de políticas públicas eficientes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para os especialistas, o ideal é adotar um plano de gestão de água potável de qualidade.
O coordenador de Água, Saneamento, Higiene e Saúde da OMS, Robert Bos, destaca que os males causados pela água contaminada atingem países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Isso deixa claro que a maioria desses [problemas] poderia ter sido evitada por meio da implementação dos planos de segurança em água.”
A OMS dispõe de um plano denominado Planejamento de Água Saudável, que define uma mudanças na gestão da água potável em vários países. A ideia é incluir procedimentos de segurança para assegurar a qualidade da água usada na alimentação e orientações à população. Também há recomendações sobre os riscos envolvidos.
De acordo com o estudo, é necessário que as autoridades estejam atentas às mudanças climáticas, que provocam alterações de temperatura da água, e às ameaças de escassez do produto. Há, ainda, a preocupação com o controle no uso de substâncias químicas para o armazenamento de água potável.
"Os países têm a oportunidade de fazer progressos substanciais para a saúde pública por meio da definição e aplicação de normas eficazes e adequadas para assegurar água potável", disse a diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, Maria Neira.
Para o diretor executivo da Agência Nacional de Águas de Cingapura, Khoo Teng Chye, o fornecimento de água potável é um dos principais pilares da saúde pública. Segundo ele, as novas orientações devem seguir os princípios da prevenção e qualidade da água potável.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PESQUISADORES ANALISAM VOO DE SERPENTES DO SUDESTE ASIÁTICO.


      Para quem tem ofidiofobia, a perspectiva de encontrar serpentes não no chão, rastejando, mas “voando” por sobre suas cabeças, está longe de ser das melhores. Mas é o que ocorre com algumas espécies encontradas no Sudeste Asiático, que são capazes de se deslocar pelo ar, de uma árvore a outra, ou das árvores para o solo. Cientistas da Virginia Tech, nos Estados Unidos, analisaram os mecanismos por trás da inusitada capacidade dessas espécies e apresentaram os resultados em encontro da American Physical Society Division of Fluid Dynamics (DFD), na Califórnia, na última segunda-feira. O grupo registrou em vídeo os deslocamentos pelo ar de exemplares da Chrysopelea paradisi, que se atiraram do alto de uma torre de 15 metros de altura até o chão.
Os registros foram feitos com quatro câmeras instaladas em pontos diferentes, o que permitiu aos cientistas fazer uma reconstrução em três dimensões das posições do corpo do animal enquanto planava. A análise da dinâmica de movimentos e das forças atuantes indicou que o réptil, apesar de se deslocar no ar por uma distância considerável com relação à dimensão de seu corpo, não atinge um estágio de equilíbrio com relação ao próprio movimento. Ou seja, não chega a um ponto em que as forças geradas por seu corpo ondulado se contrapõem exatamente à força que puxa o animal para baixo, o que faria com que se movesse em velocidade e angulação constante. Por outro lado, a serpente também não cai simplesmente no chão. “Em vez disso, ela é empurrada para cima, mesmo que se mova para baixo, porque o componente para cima da força aerodinâmica é maior do que o peso do animal”, disse Jake (John) Socha, um dos autores do estudo. O trabalho também será publicado na revista Bioinspiration and Biomimetics. “Hipoteticamente, isso significaria que, se a serpente continuasse com esse deslocamento, acabaria mesmo se movendo para cima, o que seria algo ainda mais impressionate. Mas nosso estudo aponta que o efeito é apenas temporário e que a serpente acaba chegando ao chão após o deslocamento”, disse.
Agência Fapesp - Fapesp

GENOMA DE SERPENTES PODE SER USADO PARA TRATAMENTO DE DOENÇA


 A fisiologia interna das serpentes é muito mais intrigante que a aparência externa. “É um modelo divertido para se estudar os extremos da adaptação”, explica Todd Castoe, pesquisador do departamento de bioquímica e genética molecular da Escola de Medicina da Colorado University. Seus estranhos sistemas fisiológicos poderiam nos ajudar a compreender melhor nossa própria biologia.    Como comedores infrequentes, as serpentes têm um metabolismo altamente variável que pode cair a uma das mais baixas taxas conhecidas de qualquer vertebrado. Em particular, “a píton é o modelo quintessencial da extrema versão disso”, segundo Castoe. Podem aumentar e diminuir seu metabolismo em cerca de 44 vezes e o tamanho de seu coração em mais de 50%, dependendo de sua demanda de energia.  Por trás dessas incomuns propriedades evolucionárias estão os genes que tornam possíveis tais proezas. Porém, mesmo que novas tecnologias de sequenciamento genético tenham permitido aos pesquisadores acumular um impressionante conjunto de genomas animais e vegetais, “os répteis têm sido realmente negligenciados pelo grosso desse sequenciamento”, lamenta Castoe.
No início desse ano, ele e seus colegas publicaram o primeiro esboço de um genoma de serpente – a píton (Python molurus bivittatus) – que revelou alguns detalhes interessantes sobre o metabolismo ágil desta espécie. A mitocôndria, que detém o controle do uso de energia nas células, suportou a mais extensa mudança pontual de que temos ciência.
Para saber mais sobre como o coração desse píton suporta tão amplas mudanças, Castoe e sua equipe olharam especificamente para a expressão do gene cardíaco. No ciclo metabólico de 72 horas, encontraram muitas mudanças raras na expressão do gene no coração. Em um exemplo de apenas 24 horas, houve 1.852 transcriptomas singulares (RNAs expressos no tecido) – 261 dos quais foram regulados mais que cinco vezes. Essas mudanças podem ajudar a jogar mais luz sobre o que sabemos a respeito do desenvolvimento e doenças do coração humano. “Estamos bastante entusiasmados para não olhar para isto num vácuo”, disse Castoe. Alguns crescimentos cardíacos em humanos são positivos, como os que ocorrem na infância e os devidos a exercícios – os quais Castoe chama de “crescimento cardíaco estilo Lance Armstrong”. Mas outros crescimentos cardíacos, como os causados por doenças do coração ou hipertrofia cardíaca, são definitivamente negativos e alvos de desenvolvimento de drogas. “Se formos capazes de compreender as pistas genéticas envolvidas nos rápidos aumentos e diminuições do músculo cardíaco do píton, é de se dizer que há potencial para se desenvolver terapias para humanos”, disse, antes de o mapeamento do genoma ter sido completado, Leslie Leinwand, diretor do Instituto Cardiovascular Boulder da Colorado University.
Muito trabalho deve ser feito antes que essas novas descobertas possam ser traduzidas em drogas potenciais para doenças cardíacas em humanos. E enquanto os pesquisadores compilam mais informações sobre o genoma dessas enormes serpentes, mais aplicações médicas podem também emergir.
Fonte: Scientific American Brasil
COMENTÁRIO:
Agora vocês entendem um dos motivos de não se matar serpentes? Além desse benefício existem outros como por exemplo a COLA DE FIBRINA

FILHOTE DE ONÇA ATROPELADO EM BR É SACRIFICADO

A onça parda fêmea, de cinco meses de idade, que havia sido atropelada na BR-359, em Alcinópolis, a 387 quilômetros de Campo Grande, teve que ser sacrificada nesta quarta-feira (6). O animal teve fratura compressiva de 13ª vértebra toráxica e ruptura total de medula espinhal, o que impossibilitava qualquer procedimento cirúrgico. O veterinário Ricardo Salomão, da Uniderp-Anhanguera, disse que até haveria possibilidade de cirurgia por conta da fratura. “A gente tenta fazer isso em cães e gatos e já é difícil, em um animal silvestre é dez vezes mais difícil”, disse. Mas, por causa da ruptura total de medula espinhal, este procedimento seria impossível. Para a eutanásia, segundo Salomão, a onça foi submetida a pré-medicação anestésica para que fosse sedada e, posteriormente, anestesia geral. Em seguida, foi aplicada uma dose de cloreto de potássio, que provocou a parada cardiorrespiratória.
A onça foi encontrada na terça-feira (5) por um caminhoneiro que passava pela rodovia. Ele chamou a polícia e o animal foi transferido para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.

COMENTÁRIO: 
Não é novidade alguma a morte de animais em estradas municipais, estaduais e federais do nosso país, mas o que mais me impressiona é que não se faz nada para evitar essas mortes. São poucas as rodovias federais, saliento-lhes, PRIVATIZADAS e com PEDÁGIOS CARISSIMOS tem CORREDORES ECOLÓGICOS e algum tipo de sinalização. Mas por outro lado onde é que está a conscientização do homem ao cruzar essas estradas, por onde é sabido que pode-se cruzar com um animal silvestre ou doméstico, inocente e indefeso? A resposta talvez seja a mesma relacionada ao trânsito urbano onde o condutor não respeita a vida de outro ser humano, o que dirá á um animal silvestre. Uma outra coisinha: Nossas florestas estão cada vez mais sem os grandes mamíferos e isso pode gerar uma grave consequencia: A diminuição ou até a falta de dispersores de sementes.

                                                                   ABAIXO FOTOS DO FILHOTE 




COMÉRCIO ILEGAL DE ANIMAIS VIA INTERNET

Um jovem de 22 anos suspeito de traficar animais silvestres anunciando-os no site Orkut foi multado em R$ 12,5 mil pelo Ibama e vai responder a processo criminal com pena de até 1 ano de prisão. Sem licença, segundo o órgão ambiental, ele enviava os animais pelo correio a partir de cidades próximas a Currais Novos (RN), onde reside. As infrações são de tráfico de animais, introdução de espécies exóticas (estrangeiras) e maus tratos.                
O Ibama foi alertado pelos Correios há cerca de dez dias sobre o comércio ilegal. Dois pacotes com animais foram interceptados identificados com falsos remetentes. “A última encomenda nos preocupou, pois tinha 16 animais, entre sapos, cobras e lagartos. Ali já havia uma iguana morta”, diz o chefe de fiscalização do Ibama-RN, Alexandre Rochinski. Investigando os locais de envio, os agentes chegaram até o suspeito. “Ele disse que enviava bichos toda semana. Ficamos muito preocupados com relação a animais para biopirataria”, acrescentou.
Quando chegaram na casa do suspeito, os agentes encontraram dez animais, sete deles da fauna brasileira - três jiboias, um macaco-prego, um jabuti, uma iguana e uma salamandra.
O macaco-prego estava amarrado numa corrente num quintal onde também vive um cão da raça pit bull. De acordo com o Rochinski, o rapaz demonstrou ter bastante conhecimento dos animais e participava de congressos de anfíbios e répteis. Ele mora com os pais, mas alegou que eles desconheciam o comércio ilegal que praticava. Na rede social o suspeito anunciava os animais e, nos finais-de-semana, segundo o Ibama, saía para coletá-los de acordo com as encomendas que recebia
Comentário:
 Já faz algum tempo que especialistas, biólogos, ecologistas e polícia de diversas áreas, assim como os correios, vem alertando para o crescimento da "BIOPIRATARIA" no Brasil. Mas para os nossos governantes e responsáveis pelo meio ambiente, florestas e fronteiras isso não parece existir ou ter importância alguma. Não temos uma ação efetiva desses órgãos com punição exemplar. O que acontece em contra partida é a saída criminosa e absurda de nossas riquezas biológicas e de flora e fauna cada vez maiores. Ficam algumas perguntas: Até quando? A quem interessa esses crimes? Por que não há uma ação mais efetiva?

ABAIXO ALGUNS DOS ANIMAIS APREENDIDOS


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